1.ºs Classificados- Vídeo

by agosto 09, 2024



Damião Rodrigues, Joana Oliveira, Armando Ramos e Duarte Abreu, da Escola Secundária Francisco Franco, são os talentosos vencedores da categoria ‘Vídeo’, com a peça os ‘Ecos do Passado’ de uma Madeira mais antiga. 📹

Nesta conversa abordam como se desenrolou o seu processo de criação e quais os seus planos futuros na área do audiovisual:

«Como descrevem a vossa participação no ‘Grande Ideia’? 
Joana – Foi algo muito bom, que que queria muito e como também fui a personagem principal do vídeo também fez com que a minha auto-estima tenha aumentado um pouco. 
Duarte - Foi bom e diferente. Nunca tinha experimentado este concurso e gostei bastante, porque permitiu-me aprender e ter mais prática nesta área do vídeo. 
Armando- Acho que a experiência não se relaciona só comigo, mas também com o grupo todo. E, por isso, foi interessante, pois permitiu-nos conhecer mais sobre a história da Madeira e as suas diferenças, graças ao vídeo que fizemos. 
Damião  – Eu por acaso já tinha alguma experiência porque já estou muito ligado à área do audiovisual e já trabalho com algumas pessoas que estão ligadas à área do cinema. Mas, essencialmente, foi bom porque permitiu-me conectar mais com os meus colegas. Além disso, também foi interessante poder transmitir os meus conhecimentos para eles e vice-versa. 

Como surgiu a ideia do vídeo? 
Armando - Aconteceu por causa do tema, que eram os lugares icónicos da Madeira. Por isso, começamos a pensar quais eram as zonas mais importantes da ilha para ter a ideia de como poderíamos realizar um bom vídeo.

E foi desafiante passar da ideia para a prática?
Joana - Nem por isso. Nós fomos até ao Museu da Fotografia, tirámos de lá algumas ideias para os lugares específicos que queríamos para captar as imagens e daí conseguimos criar a história e chegar ao vídeo que deu. 

Quanto tempo levaram mais ou menos nesse processo, desde a ideia até o produto final? 
Duarte - Menos de uma semana. 

Qual foi a parte mais desafiante? 
Joana – Penso que foi estarmos a gravar em público e as pessoas estarem a passar e nós tínhamos que manter a seriedade. 

E quais foram as principais aprendizagens? 
Duarte – Foi o trabalho em equipa, o que é algo fundamental nesta área do audiovisual. E principalmente permitiu-nos perceber que só tentando e fazendo as coisas acontecerem é que podemos ter capacidades para ganhar. 
Damião – Também fez com que futuramente nos nossos futuros empregos tenhamos também mais confiança e gosto pelo trabalho em equipa. A meu ver, essa é uma das maiores coisas que podemos aprender quando trabalhamos em conjunto, especialmente neste tipo de concursos. 

Por falar no trabalho em equipa, foi complicada a divisão de tarefas? 
Duarte - Não, cada um teve um papel específico e correu tudo pelo melhor. 

O que é que vocês consideram que é um elemento-chave para se criar num vídeo que seja impactante e memorável? 
Duarte - Sem dúvida, uma boa comunicação entre todos os colegas do projecto, para que a divisão e a definição das tarefas aconteça sem grandes complicações. 
Damião – Penso que a história também é algo importante. Sem uma boa história os vídeos não têm sentido. Por isso, com uma boa narrativa vamos criar grande impacto à pessoa que está a assistir. 

E qual foi a história que quiseram passar?
Joana - Foi a frase que eu disse no final do vídeo: “Na calçada gasta, por onde tudo passou, por onde tudo passa. Quantos eus, quantos tus. Quantas vezes a vida sorriu, quantas vezes ela chorou. Pelo objectivo vejo a subjectiva vida. Vejo este legado monumental dos nossos igrejos avós. Contemplo e perco-me nestas deslumbrantes maravilhas, cheias de vida e cheias de fervor”. No vosso vídeo, a personagem contempla fotografias de uma Madeira antiga. 

Se pudessem viajar no tempo, para qual época é que optavam por regressar? 
Joana – Gostava de voltar há cem anos e ver como eram as pessoas, como elas trabalhavam e como eram os sítios. 
Duarte – Também optava por voltar há cem anos, pelos mesmos motivos. 
Armando – Eu gostava de ir até à pré-história, talvez. Ver como foi o início de tudo e como o Homem descobriu as coisas, as dificuldades que teve na altura e como as conseguiu ultrapassar. Damião – Eu gostava de voltar à altura em que surgiu o Mercado dos Lavradores, que é uma das fotografias que destacamos no vídeo. Era a zona que atraía todos os habitantes da ilha e gostava de ver como as coisas se passavam nessa altura. 

E quais é que são os vossos planos para o futuro? 
Joana – Eu pretendo ser fotógrafa e videomaker. 
Duarte – Também quero o mesmo. 
Armando – Eu só videomaker, que é o que mais gosto de fazer. 
Damião – Eu quero seguir a área do cinema e um dia ser realizador. Gostava de criar um filme para todos verem, para passar na Netflix e nessas grandes plataformas. 

É uma área fácil para singrar na Madeira? 
Damião - Aqui é muito difícil. Até temos mercado, mas é muito fraco e a verdade é a grande maioria das pessoas não vê como uma área tão profissional. Mas lá fora, as coisas já são diferentes, e dão muito mais valor. Se formos esforçados, empenhados e soubermos conectar com os realizadores, produtores e outra malta do audiovisual, podemos evoluir e fazer esta área crescer na ilha. 

E porque consideram que este concurso importante para os jovens? 
Duarte - Possibilita mais experiência. Dá oportunidade para que os jovens possam explorar mais as áreas dos seus interesses, mas também incentiva que possam experimentar outras áreas completamente diferentes. 
Joana – Sim, é uma experiência única. E faz com que os jovens se possam desafiar a si próprios. Armando – Como aconteceu no nosso caso, que participamos em grupo, também permite um maior contacto.»

Podes também ver o vídeo vencedor aqui: https://www.youtube.com/watch?v=OqiI2PXe088...