1.ª Classificada- Poesia

by agosto 08, 2024



Constança Aveiro, aluna da Escola Básica e Secundária Dr. Ângelo Augusto da Silva — Levada, foi a vencedora da última série do concurso 'Grande Ideia' na categoria de Poesia com o poema 'Silêncio...'. Apesar de querer seguir a área das ciências, Constança é também apaixonada pela escrita e pela música. Esta paixão permite-lhe integrar poesia e música em alguns dos seus projetos no Conservatório. 🎵

Deixamos aqui a sua entrevista:

«Como nasceu o gosto pela poesia? 
Eu sempre gostei, mas acho que despertei para ela com uma professora de português que me incentivava a escrever e que me pôs pela primeira vez num concurso de poesia. Não ganhei, mas a partir daí comecei a escrever mais. 

Tem muitos poemas já reunidos? 
Tenho alguns. Mas já há algum tempo que não escrevo com tanta frequência. 

Escreve em outros géneros? Contos, histórias? 
Já tentei escrever alguns, confesso que não dei continuidade a esses projectos, mas gosto de escrever no geral, em vários tipos de escrita. 

Quão sério é este gosto? 
Eu já pensei, quando era mais nova, em seguir pela literatura. Hoje estou mais focada para as ciências. Também gosto muito de música, o que é bom porque muitas vezes junto a poesia à música em projectos, por exemplo do Conservatório. 

Está na música em que instrumento? 
Na flauta transversal. 

Chamou ao poema ‘Silêncio…’. Em que se inspirou? 
Este foi um projecto que já fiz há algum tempo. Procurei primeiro um conceito-chave. Pensei escrever sobre a saudade. Procurando várias palavras, lembrei-me do silêncio. E pensei que poderia escrever, em vez de associar o silêncio a outro conceito, escrever sobre o silêncio em si. 

Esperava ganhar? 
Não. 

Que mensagem tem este poema? 
O silêncio pode-nos dizer muitas coisas. Às vezes diz como a pessoa se sente, mas também pode mostrar o que sentimos por outra pessoa. Por exemplo, quando nós não nos sentimos muito bem permanecemos em silêncio, mas também quando vemos uma outra pessoa que não se sente bem, por empatia ficamos em silêncio. 

Gostava de publicar um livro? 
Sem dúvida. 

Vai continuar a escrever poemas e outros textos? 
Procuro, esse é o objectivo.

Em termos de estrutura houve um cuidado com a forma. Foi um trabalho pensado? 
Eu diria que sou perfeccionista no geral, por isso quando escrevo, e até mesmo noutras áreas, quando tento fazer algum projecto, tento fazer ao pormenor. Acho que a forma é uma coisa importante também. 

Lê poesia, gosta de alguém em particular? 
Eu gosto mais de escrever poesia do que de ler poesia. Mas gosto muito de ler no geral, gosto muito de literatura fantástica, por exemplo. 

Diz que quer seguir ciências. O que a atrai nas ciências? 
Gosto de várias áreas, mas tenho particular interesse nas áreas biológicas. 

Porquê? 
Não sei, despertam-me a curiosidade. É uma área que em geral acabo por ter facilidade em compreender, em procurar mais. 

Escreve espontaneamente ou quando tem um propósito? 
Poesia, em particular, é quando tenho um propósito. Por exemplo quando tenho uma apresentação oral gosto de associar a poesia. De vez em quando, lá de muito em muito tempo, escrevo só porque sim. 

Diz que é perfeccionista. É uma aluna de boas notas? 
Sim, de dezoitos para cima. 

Esse sentido de perfeição vem de onde? 
Eu sempre fui assim, mas algumas áreas em que estive envolvida ajudaram a catapultar isso. Em pequena estive na dança, no ballet e tinha professores russos que exigiam com o método russo e acabavam por incutir um pouco essa parte perfeccionista em mim. A música também, que apesar de trazer liberdade também tem as suas regras. E acho que faz parte de mim. 

É feliz sendo perfeccionista, ou sofre com isso? 
As duas. Às vezes traz-me algumas dificuldades, mas acho que faz-me bem, dá-me um certo brio.»          

Descobre mais sobre a Constança e o seu trabalho no link: