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agosto 19, 2024
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'O Preço da Solidão' levou Afonso Ferraz, da EBS de Santa Cruz, ao pódio, vencendo na categoria de Conto do concurso ‘Grande Ideia’.
Este conto faz-nos refletir sobre a presença da tecnologia nos dias de hoje e a importância dos laços e dos relacionamentos humanos.
Deixamos aqui a entrevista:
«Como foi a experiência de participar no concurso ‘Grande Ideia’?
Foi a minha primeira vez e não estava nada à espera de ganhar. Inicialmente o meu conto era só para ser um trabalho de filosofia, mas um professor veio falar comigo porque sabia que eu já tinha um conto escrito e incentivou-me a participar. Por isso, fiquei mesmo surpreendido e feliz. Foi inspirador.
No teu conto abordas a Solidão, porquê?
Era para falar sobre a Inteligência Artificial, mas optei por uma forma totalmente diferente. Como fui mais para o lado mais triste, então escolhi falar sobre a solidão de um senhor que já não tinha mais companhia. Então a sua companhia passou a ser um robô que tinha sido oferecido pelos seus netos.
E achas que isso é uma realidade que cada vez mais se vai assistindo na nossa sociedade?
Sim, mas no meu conto eu disse que era uma realidade mais distante. Porque, penso que isso ainda não acontece tanto, embora ache que ao longo dos anos talvez vá piorar e talvez comece a acontecer o que sucedeu no meu conto.
Porquê que achas que vai piorar?
Porque ao longo dos anos vai evoluindo cada vez mais a inteligência artificial e talvez acabe por formar a sua própria consciência, o que poderá ser um grande inimigo da nossa sociedade.
Bem sei que já tinhas o conto feito antes do concurso, mas como é que surgiu a ideia? Em que te inspiraste?
As ideias simplesmente surgiram na minha cabeça, não sei de onde (risos). E também não fui só eu, eu tive a ajuda de uma colega que se chama Vicky. Ela também me deu algumas ideias para o conto.
Qual é a principal mensagem que esperas transmitir?
É a que não devemos substituir as pessoas por inteligência artificial, mesmo que seja algo que nos possa ajudar em diversas coisas. Mas relativamente aos sentimentos de amor e companhia, acho que uma pessoa é mil vezes melhor do que uma máquina.
Como achas que as pessoas se sentem ao ler o teu conto?
Realmente não sei, mas o que eu senti é que fiquei muito emocionado com o final, mesmo que tenha sido eu a escrever. Acho que as outras pessoas talvez também fiquem emocionadas com isso.
Consideras que estes tipos de concursos são importantes para os jovens?
Sim, permite que os jovens participem mais, não só pelo prémio, mas também para poder partilhar o que eles fazem tanto em contos, desenhos e outras áreas. Acho que ao fazer isso, eles conseguem demonstrar diversos sentimentos e o seu próprio esforço.
E como pensas que esta participação pode impactar o teu futuro?
Cria a memória de que com o meu esforço eu consegui ganhar algo a partir disso.»
Lê o conto completo no link: https://online.fliphtml5.com/zrcir/vfnm/#p=16