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agosto 16, 2024
Diário de Notícias
EBS - Ângelo Augusto da Silva
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Deixamos aqui o seu testemunho sobre o processo criativo:
Eu desde pequena que ouço histórias das vivências dos meus dois avôs, tanto o paterno como o materno. Ambos deixaram a sua terra, a sua família para irem lutar. Sempre me fascinou e despertou a curiosidade.
Na reportagem fala de um Jorge Correia. É alguém próximo?
Não. Pesquisamos sobre pessoas que tinham tido essas vivências, chamámos à escola para darem uma palestra, dar o seu testemunho, tanto ele como a autora do livro ‘Cartas no Intervalo da Guerra’. Esse casal publicou neste livro as cartas, está incrível. Ainda ontem descobri que a minha avó guarda uma carta do meu avô num bolso esquerdo de um casaco. É uma relíquia.
É uma reportagem que é também uma história pessoal.
Que desafios sentiu?
Talvez o ter de sair da minha zona de conforto e explorar um pedaço mais desse tema com outras pessoas, com outras experiências, com outras vivências diferentes da minha, e pôr-me no lugar delas.
Era capaz de ser madrinha de guerra, olhando para este contexto?
Ia sofrer um pedacinho. Acho que é muito angustiante e as cartas demoram muito tempo. Mas claro que ia adorar ter respostas, que ia adorar recebê-las. Ia ansiar a semana inteira ou o mês inteiro.
Escolheu concorrer na categoria de reportagem. Porquê?
Eu sempre gostei muito de escrever e reportar acontecimentos da minha vida, porque eu sempre gostei de contar histórias e também sempre gostei de revivê-las.
O que a levou a concorrer?
A minha professora de Português, as minhas professoras, a professora Norberta Celeste e a Elda Nóbrega, tenho muito a agradecer-lhes porque desde o início deste ano lectivo sempre me incentivaram a participar e incentivaram-me também a escrever.
E para o futuro, que planos tem?
Eu desde pequena que sempre tive o sonho de ser atriz. Estive no teatro no Conservatório, entretanto ganhei algum interesse pelo jornalismo. Depois no ano passado participei num espetáculo de dança contemporânea, onde interpretei um monólogo. Estas vivências com o público, o comunicar sempre este presente na minha vida, sempre gostei bastante dessa área. E ao longo da vida têm-me aberto portas, têm-me dado oportunidades para cada vez mais ter esse tipo de experiências. Então gostava bastante de vivenciar cada vez mais algo deste tipo.
E no 12.º ano, o que é que vai seguir?
Temos esta área da comunicação e também temos a área de educação física. Nos momentos mais difíceis é aí que eu também me refugio, tanto aí como na escrita e na dança. Estas três formas de expressão sempre estiveram sempre muito presentes na minha vida. A dança, o teatro, a comunicação, o falar, o poder expressar o que eu sinto. Portanto eu gostava de fazer algo nesta área. Mais dinâmica, mais comunicativa, que interagisse com pessoas, com o público.
Diz que gosta de escrever. Quando escreve, escreve sobre o quê?
Sobre o que eu sinto. Faz também perceber-me, entender-me e ver-me, aprender comigo e com os meus erros, com as vivências que me vão acontecendo.
Quanto tempo dedicou a este trabalho?
Um mesito. E depois tive a ajuda também dos professores, depois de ter feito a minha parte. Eles foram vendo o que podia ser melhorado.
Os avôs já leram o trabalho?
Ainda não. Vou esperar para quando sair. Eu já disse: quando sair, tire uma foto, guarde o papel e emoldure. Eu acho que vão gostar.»
Vê a reportagem completa em: https://online.fliphtml5.com/zrcir/eocv/#p=14