Camacha reconhecida a nível nacional

by julho 06, 2017
Eco-Escolas em entrevista

A Escola Básica 2.° e 3.° Ciclos Dr. Alfredo Ferreira Nóbrega Júnior foi este ano reconhecida pela Associação Bandeira Azul da Europa (ABAE), como uma escola com trabalho de qualidade no âmbito do seu Projeto Eco-Escolas.
Para sabermos mais sobre o significado desta distinção, falámos com um dos coordenadores do projeto, o professor Tiago Freitas.

Margarida – Há quanto é implementado na nossa escola o Programa Eco-Escolas?

Tiago Freitas – Em 2010, quando cheguei à escola, o programa não estava implementado, no entanto, já aconteciam atividades que revelavam alguma preocupação com o bem-estar do ambiente. Assim, no ano seguinte, dei início ao programa. Neste momento, partilho essa missão com os professores Ricardo Vieira e Marco Figueira. Desde então, já recebemos 5 galardões das boas práticas ambientais. No início, não foi fácil. Nós já fazíamos muita coisa bem, mas faltava criar um método, que identificasse e explicasse todas as acções.

Cláudia – O que significa para a escola e para si esta distinção da ABAE?

Tiago Freitas – É sem dúvida um motivo de grande orgulho para nós, coordenadores e toda a comunidade. A nossa escola tem sido, anualmente, galardoada com a Bandeira Verde, um símbolo de que, de facto, estamos no bom caminho, no que concerne às boas práticas ambientais. A atribuição deste diploma de qualidade é um reconhecimento da elevada qualidade do trabalho desenvolvido pela escola no âmbito do programa Eco-Escolas.

Margarida – Este reconhecimento acontece com base na implementação da metodologia do programa. Em que consiste essa metodologia?

Tiago Freitas – A Escola foi avaliada através de 24 indicadores para aferir como estava a ser implementada a metodologia do Eco-Escolas, ou seja, fomos avaliados de forma pormenorizada em vários aspetos, nomeadamente: o envolvimento dos alunos no projeto; o funcionamento do Conselho Eco-Escolas; a auditoria ambiental; a execução e avaliação do plano de ação; a monitorização e avaliação de todas as atividades; a elaboração e o cumprimento das regras do eco-código; o reconhecimento público da Bandeira Verde; a manutenção e limpeza dos espaços exteriores; a existência de ecopontos, entre outros fatores, ligados à gestão ambiental da escola. Após a verificação destes indicadores, a escola recebeu uma avaliação de 76,6%, dando origem a este certificado de qualidade.

Cláudia – Quem implementou essa metodologia?

Tiago Freitas – Existe uma parte mais burocrática, da responsabilidade dos professores, no entanto, a implementação passa sempre pelos alunos. Sem eles, o projeto não funcionaria.

Margarida – Quais são os principais objetivos do Eco-Escolas para o presente ano letivo?


Tiago Freitas – Essencialmente continuar com o bom trabalho. Garantir que são cumpridos os sete passos do programa Eco-Escolas, bem como o seu eco-código; a manutenção de atividades, como a limpeza e o apadrinhamento da levada da Serra do Faial; a horta biológica e o jardim de ervas aromáticas; a criação de novos ecopontos e de mobiliário de exterior. Enfim, garantir que o programa Eco-Escolas continua a ser implementado de forma correta e eficiente.