O que farão a nossa turma e a professora de português com um armário vazio e com livros, em casa a apanhar pó, à espera que alguém os leia?
“Dá asas aos teus livros” é o nome do projeto que está a ser desenvolvido nas turmas 1,2,3 do 8.º ano, da minha escola. Este é uma espécie de biblioteca, baseado no boockcrossing, dando oportunidade não só aos alunos como também aos livros de poderem ler/ser lidos e de partilhar/serem partilhados.


Esta atividade é realizada uma vez por semana, na aula de português, onde podemos requisitar e entregar livros para partilha. Estes, por sua vez, são deixados no armário da sala, onde está indicado o nome do projeto, graficamente apelativo, desenhado e criado por três alunos da turma.
Existem dois responsáveis pelo armário e para catalogar os livros, o delegado e subdelegado, para garantir que tudo corra bem. Por enquanto, é uma atividade incipiente, mas, depois, será rotativa, ou seja, os responsáveis vão mudando todos os períodos letivos.


Esta é também uma boa ideia para quem ainda não encontrou nenhum livro para ler, no âmbito do PRL/PNL – Projeto Regional de Leitura/Projeto Nacional de Leitura - podendo escolher algum livro que lhe interesse da variada temática das obras que se encontram nas prateleiras do armário, que creio estarem cheias, muito em breve.
LER, PARTILHAR, CONFIAR são verbos agora usados no presente, todavia, espero que sejam usados no futuro, porque gosto do projeto e quero continuar a desenvolvê-lo, juntamente com a minha turma, no próximo ano letivo… É mesmo um projeto fantástico que incentiva a partilha, a confiança e, de uma maneira mais lúdica, a leitura!

Frases criadas pelos alunos envolvidos no projeto “Dá asas aos teus livros”:

- Se gostas de ler, anda aprender!
- Ler é viver! Queres viver? Com os livros podes crescer!
- Ler é uma forma de viver!
- Com os livros crescemos, com eles aprendemos e representamos o que sabemos!
- O 8.º 3 era uma turma simples… com vontade de ler… A professora deu a ideia e pôs tudo a mexer!
- Ler com paixão faz bem ao coração! Por isso, acredite no projeto destes jovens leitores!















 André Sousa, 8.º 3, da Escola Básica 123/PE Bartolomeu Perestrelo

É já no domingo próximo que oito alunos e três professores da Escola Dr. Horácio Bento de Gouveia rumam a Battipaglia, uma comuna italiana da região da Campania, província de Salerno, ao abrigo de um projeto Erasmus+ :  GET ADDICTED TO HAPPINESS – vicia-te na felicidade!



Este projeto europeu, que conta também com escolas da Polónia, Turquia, Croácia, Espanha e Itália, iniciou-se em Setembro de 2015 e visa, sobretudo, promover o bem-estar dos alunos na escola através de atividades positivas que possibilitem a interação e a integração dos alunos no contexto escolar.
Em Battipaglia, os alunos ficarão hospedados em casas de famílias italianas, facto que enriquece a experiência e promove o desenvolvimento de competências diversas a nível cognitivo e socio-afetivo. Durante o dia, cumprirão um programa escolar (frequência de aulas) e social (atividades lúdicas e passeios) que lhes permitirá partilhar as suas experiências e concretizar atividades que difundem também a cultura e a língua do seu país.


Estes projetos europeus, de intercâmbios e parcerias entre escolas, têm representado um elemento de interesse, motivação e estímulo no envolvimento dos alunos com a atividade escolar. Simultaneamente, promovem a interdisciplinaridade e a colaboração entre docentes, projetos de escola e a própria comunidade educativa.

Os alunos do Clube Europeu da Escola Básica dos 2,º 3.º Ciclos Dr. Horácio Bento Gouveia. 
Ar...

Terra...

Água...

Percursos captados pela aluna Márcia Pimenta do 12.º AV da Escola Básica e Secundária Prof. Dr. Francisco de Freitas Branco (Porto Santo).



Após oito anos na escola Básica e Secundária Dr. Luís Maurílio da Silva Dantas – Carmo, posso afirmar que, desde cedo, a minha escola teve preocupação não só com o desenvolvimento das capacidades cognitivas e de aprendizagem dos seus alunos, mas também com a promoção da cidadania e a formação pessoal de todos nós. E de forma a cumprir este objetivo, foram então criados uma série de clubes/projetos nos quais são desenvolvidas atividades extracurriculares.
Sendo assim, é de destacar, o clube eco-escolas, que elabora projetos no âmbito da proteção do ambiente, incutindo nos alunos a necessidade de fazer a reciclagem, o respeito pela natureza e o papel de cada um de nós na preservação do nosso planeta.
Além da questão ambiental, a minha escola incide também sobre o bem-estar e a qualidade de vida dos seus alunos, nomeadamente, com a sua participação em diversas atividades desportivas, incluindo o Desporto Escolar, de forma a valorizar a saúde, o trabalho em equipa e a competitividade, não apenas pela vontade de ganhar, mas também, pela interação com diversas equipas e colegas de outras escolas da região e desenvolvimento de valores como a interajuda e o respeito pelos adversários. Deste modo, temos igualmente de referir, o clube de Ioga, que visa proporcionar aos alunos um estado de calma e estratégias para aliviar o stress e lidar com os problemas do dia a dia.

Há ainda um foco sobre a vertente artística, quer a nível da dança, quer a nível das artes plásticas, como é o caso do clube de artes, em que os novos talentos elaboram projetos artísticos, nos quais têm a oportunidade de se exprimirem e colocarem as suas ideias nos trabalhos.
Quanto a nível cognitivo, existem, na escola, clubes que complementam os conhecimentos que recolhemos diariamente, tais como o baú de leitura, que promove os hábitos de leitura, bem como o desenvolvimento das capacidades linguísticas e de escrita dos seus alunos.
A divulgação das atividades dinamizadas por estes clubes, ao longo do ano letivo, é feita pelo Jornal Carmo à Lupa (online), onde colaboram.

Por fim, tive a oportunidade de integrar o clube europeu nos últimos dois anos letivos, no qual trabalhámos questões relacionadas com a Europa, permitindo-nos reforçar a noção de cidadania europeia. Na sequência da participação num concurso, tive a oportunidade de realizar uma viagem a Bruxelas, com um grupo de colegas, e visitar o parlamento europeu, o que nos deu uma perspetiva de que este, apesar de longe, está perto de todos nós. Nesta cidade, pude constatar a influência de diferentes culturas oriundas de diversos países, quer na alimentação, costumes, vestuário, etc. Mas apesar de apresentar diferentes cidadanias, esta cidade fez-me sentir uma cidadã da europa.

Foi com este clube que pude conhecer o projeto Parlamento Jovem Nacional, no qual também participei. É um projeto que nos permite expor as nossas propostas acerca da temática selecionada, de forma a debater esse assunto, aquando da sessão regional, com os colegas de outras escolas. Considero-o extremamente enriquecedor, tanto a nível pessoal como a nível académico, uma vez que nos fornece conhecimentos quanto aos valores da Democracia, e à nossa participação nesta, como cidadãos participativos, bem como quanto ao funcionamento da Assembleia quer regional quer nacional.




Por fim, queria reforçar o facto de a inscrição nestes clubes ser voluntária, o que faz com que os alunos participantes, tal como eu, intervenham nestes por gosto, visto que participamos de livre e espontânea vontade. Sendo, todos estes projetos, novas janelas para o mundo, proporcionam-nos importantes ferramentas para a formação de cidadãos mais íntegros e instruídos, e mais preparados para encarar o futuro.

* Joana Rodrigues,
antiga aluna da EBS Dr. Luís Maurílio da Silva Dantas – Carmo

* Texto elaborado para a 1.ª série do Ponto e Vírgula.


Nesta primeira edição da segunda série, o Ponto e Vírgula apresenta-se em formato de guia da estrutura editorial, para incrementar a participação de todos e de cada um, permitindo igualmente uma fácil antevisão aos leitores.
O trabalho editorial começou…
A rede de jovens repórteres – correspondentes voluntários do Ponto e Vírgula em cada escola com ensino secundário – foi criada. Durante um dia, tiveram formação específica e abrangente sobre produção jornalística, no Diário de Notícias da Madeira e no Gabinete de Imagem e Protocolo da SRE.
Esta colaboração estruturada dos correspondentes não inibe a participação de outros estudantes destas escolas, sobretudo em áreas particulares do PV.
Os professores responsáveis de cada escola mantêm um papel estruturante deste projeto, no apoio permanente aos autores dos textos e enquanto elo de ligação entre as escolas e a equipa editorial/de produção.

Tal como na primeira série, as temáticas são apresentadas em rubricas com características próprias, para sublinhar a contextualização e melhorar a legibilidade de cada peça.


Rubricas e suas características

CAPA
“Pensar fora da caixa”
Alunos do Curso de Artes Visuais
Fotografias, pinturas, desenhos...

E LETRA MAIÚSCULA
Agenda interna das escolas
Reportagens sobre atividades escolares
Textos, fotografias, cartazes, desenhos...

“” ASPAS
Editorial – “Nesta edição…”
Texto sobre o trabalho editorial, com participação na escolha de títulos, caixas e destaques
Aluno do Curso de Línguas e Humanidades

f) ALÍNEA F
“As nossas fotografias”
Fotografias de alunos com o Ponto e Vírgula
Fotografias com legendas

CONVERSAS COM ;
“O Diretor…”
Entrevista a diretor de escola
Texto e fotografias

ENTREARTE
“Sobre a exposição…”
Reportagem sobre a exposição de artes plásticas no espaço “EntreArte”
Texto e fotografias

... RETICÊNCIAS
“A minha opinião sobre…”
Texto de opinião
Fotografia do autor

! PONTO DE EXCLAMAÇÃO
Tema diferente mensalmente
Fotografias no contexto escolar   
Fotografias com legendas

* ASTERISCO
Bloco de apontamentos sobre música
Top musical, apresentação de bandas e clubes escolares ou outros tópicos
Texto e fotografias

Consulta o PV de Outubro de 2016.




Este sinal de pontuação traz consigo um apelo à reflexão, pois impõe uma breve paragem no caminho para o final da frase, para a concretização do objetivo. Quando o pensamento precede a ação, a ação torna-se consequente e ganha significado.

Mensalmente e em sete edições, as opiniões, as questões, as vontades e os desejos dos jovens estudantes ganharam corpo. As escolas viram emergir um espaço em que os seus alunos deram um passo em frente e assumiram a autoria de textos, fotografias e trabalhos gráficos publicados num suplemento do Diário de Notícias da Madeira.
No âmbito da parceria com este periódico de referência, a Secretaria Regional de Educação (SRE) produziu a primeira série do Ponto e Vírgula (PV), em que participaram cerca de quinhentos alunos dos 12 aos 18 anos, de 29 escolas da Região Autónoma da Madeira, com o apoio de duas centenas de professores.
O empenho e a criatividade dos estudantes emergiram em 234 peças publicadas, com o suporte dos docentes, que valorizam a vida das escolas da Madeira e do Porto Santo.
Os alunos participaram – em diferentes áreas do PV – como colunistas, comentadores, entrevistadores, entrevistados, desenhadores de BD, repórteres e fotorrepórteres, tendo ainda assumido a conceção das capas e a redação dos editoriais.
Note-se que a participação harmoniosa das escolas públicas com ensino secundário ou terceiro ciclo do ensino básico foi garantida com uma lógica cooperativa.

Partindo de uma “Grande Ideia”, este suplemento lança, agora, um concurso entre escolas com ensino secundário sobre áreas relevantes da comunicação. Por outro lado, cria uma rede de jovens repórteres nestas escolas, valorizando publicamente o esforço dos alunos numa perspetiva educativa. Em complemento, abre espaço nas redes sociais para uma lógica mais interativa.
Deste modo, no momento em que inicia a sua segunda série, o Ponto e Vírgula reinventa-se para ampliar o compromisso com os seus autores e leitores, porque esta é uma “publicação de e para estudantes”.
Este é o desafio. Vamos a isto.

Consulta o PV de outubro de 2016.
O Ponto e Vírgula — sinal de pontuação — transporta, em si, a ponderação das ideias, a reflexão; mas, também, uma chamada à ação, pois é apenas um intervalo um pouco mais longo. Este intervalo ganhou corpo numa publicação e vem aludir ao tempo dedicado, todos os meses, às questões, ideias, opiniões, desejos e vontades dos jovens estudantes!

De novembro de 2015 a maio de 2016, a Secretaria Regional de Educação (SRE) produziu a primeira série do Ponto e Vírgula (PV) com 29 escolas da Região Autónoma da Madeira, em sete números, numa parceria com o Diário de Notícias da Madeira. Mensalmente, textos, fotografias e trabalhos gráficos de estudantes dos 12 aos 18 anos foram publicados num suplemento a cores para os jovens da mesma idade.