Da Escola da Calheta para o mundo


Viajar! Ganhar Países!

Não consigo compreender as pessoas para quem viajar não é uma prioridade, um bem essencial que nutre a vida e lhe dá cor. Não digo que não as respeito, simplesmente que não as compreendo.
Sinto, desde sempre, uma forte necessidade de conhecer novas gentes, novas culturas, enfim, outras formas de ser e de estar na vida. À medida que fui crescendo, comecei a ter noção de que só conseguiria alimentar essa ânsia – que continua a fervilhar dentro do meu peito – de uma forma: VIAJANDO! Sei que sou apenas uma adolescente, mas tenho consciência, até pelas (poucas) viagens que realizei, de que viajar nos faz captar o melhor do mundo, nos faz estar mais próximos de nós e dos outros.

Há quem defenda que as novas tecnologias, nomeadamente a Internet, servem esse propósito e que basta um simples clique para ficarmos a conhecer o país desejado. Não sou apologista do Velho do Restelo, gosto de inovação e considero a Internet uma ferramenta de trabalho imprescindível, mas, do meu ponto de vista, não substitui o prazer de viajar por lugares nunca de antes conhecidos, onde nos podemos deixar envolver pelo ambiente, pelas gentes, pelos cheiros.

É lógico que tenho noção de que as viagens são dispendiosas, sobretudo para nós que vivemos numa ilha e não podemos optar por um meio de transporte mais económico. Contudo, se pensarmos bem, o dinheiro de uma viagem nunca é gasto, é antes investido. E que belo investimento! Investimos na nossa cultura, nas nossas (futuras) memórias e, acima de tudo, na nossa felicidade. Eu, para ser feliz, preciso de viajar!

Se vos tivesse de dar um conselho, diria muito simplesmente: viajem! Sós ou acompanhados, no verão ou no inverno, por outros países ou pelo nosso, para um lugar quente ou para um lugar frio, de avião ou de comboio, um fim de semana ou um mês inteiro, mas viajem e não se esqueçam de saborear cada momento, de fixar cada detalhe no vosso coração e na vossa mente.
Lembrem-se: viajar não é deixar a nossa casa, viajar é perceber que pertencemos ao MUNDO e que é ele a nossa CASA.

Catarina Serrão

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